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“Remédios para depressão viciam.”

Esse é um dos mitos que atrapalham o tratamento psiquiátrico adequado. Muito pacientes já chegam com receio de iniciar tratamento por medo de ficarem dependentes.

São várias as causas e tipos de depressão, e a mais comum é o “Transtorno Depressivo Maior”, e Segundo orientações das Diretrizes da Associação Médica Brasileira para tratamento de depressão existem três momentos do tratamento:

1- Fase aguda: dura até a remissão completa de sintomas (em média 1 a 2 meses).
2- Fase de continuação: após a melhora total dos sintomas o paciente deve ficar por 6 a 9 meses em uso da medicação. Ao final desse período o médico vai avaliar a retirada da medicação (caso não ocorram novos sintomas no período).
3- Fase de Continuação: ocorre em casos muito graves, com vários fatores de risco de recaídas e/ou histórico de 3 ou mais episódios durante a vida. A fase de continuação pode durar de um ano até um longo período da vida do paciente.

Importante saber que antes de um antidepressivo ser liberado para o mercado, ele passa por anos de estudos científicos, com critérios rígidos, para avaliar tanto sua eficácia quanto os efeitos colaterais ou riscos a longo prazo. Portanto, quando tratamos de medicamentos da classe antidepressivos, os mesmos não mostraram riscos de dependência a longo prazo, nos estudos realizados até o momento. (Não confunda com outras medicações que são usadas erroneamente por anos pelo paciente, sem poder antidepressivo e podendo causar dependência).

Fazer o tratamento de forma correta, conforme orientação do seu médico e ter uma relação aberta e de confiança com ele será a melhor forma de evitar efeitos.

Beijos,
Dra. Lais Fardim Novaes